20.5.13

Conversas de Divã ou de Caixa de Skinner, não sei ainda.



- E então vai ficando cada vez mais angustiante, porque te ensinam na faculdade que você tem que achar as variáveis que controlam esse comportamento, e por mais que eu procure, eu não encontro nada, nada que justifique tudo isso, todo esse mau humor intercalado com amor. E fica angustiante, porque eu quero controlar tudo, principalmente o que eu sinto, ou melhor, não é nem controlar, eu só quero saber o porquê, como e donde tá vindo isso. Então... O problema é que eu não encontro essa porra de variável!

- Bom, a única coisa que eu posso te dizer, é que eu acho que esqueceram de te falar sobre mecanismos de defesa, e de, principalmente, uma coisa chamada resistência.

25.3.13

Mudar e Melhorar



A gente vive querendo ser uma pessoa melhor.
Vou atrás de pessoas que eu considero muito, pessoas que eu acho que praticam o amor de uma maneira fenomenal. Vou atrás deles e me dou conta que têm algo em comum: todas são ocidentais, sendo orientais. O que eu quero dizer é que todos esses meus ídolos – pessoas que são comuns no meu cotidiano, entretanto as admiro em segredo – praticam a espiritualidade do oriente, a religiosidade – religião no sentido de religar-se a algo, que para alguns seria Deus, mas para outros seria apenas um religamento com algo que se perdeu no tempo, algo com o Universo em sua forma mais pura e mágica.
Quero ser igual a eles, quero amar incondicionalmente, quero praticar o tarô ou fazer dança do ventre. Quero ter um filho, e acender incenso. Quero não ter ódio da vida, e nem de mim. Quero fazer tantas mudanças em minha vida, mesmo eu odiando mudanças. Mas como fazer? Como eles fizeram? E é essa tentativa de querer ser melhor que traz um sentimento de frustração, ou pior, um sentimento de que você não é uma pessoa boa, e precisa se tornar uma.
Quando quero ser igual aos meus ídolos, esqueço que algo deve ter acontecido com eles para que mudassem, para que procurassem essa Luz no Universo. Algo na história deles deve ter sido o estopim para que a mudança acontecesse, e isso me faz pensar: o que falta para eu mudar? Já sofri um monte, já chorei um monte, já morri um monte e cá estou eu, não amando, não orando, não sendo “uma pessoa melhor”.
A vida é um pouco mais complicada do que parece, pelo menos pra mim. Se tento me analisar, se tendo procurar relações entre as coisas e pessoas, se tento responder minhas perguntas e tentar saber os porquês, eu acabo enlouquecendo.
Por enquanto é isso, é só um desabafo. Talvez sejam ídolos errados, talvez eu tenha que me amar mais e parar de achar que não sou boa, que não mereço ser feliz, parar de achar que tudo o que eu sinto é errado. Entretanto, por agora, eu tô criando coragem para mudar de vida, mas não abrindo mão de quem me trouxe até aqui.