21.4.10


Era essa a tristeza que eu falava: essa mistura de impotência e afeto. É como se fosse um desapontamento, sabe? Sabe aquela coisa que você sente quando lhe falta adrenalina no corpo?É isso.Estou tão tediosa a ponto de só lembrar de você, e como é de lei eu sentir saudade de fatos que não aconteceram... eu sinto saudade de nós.
Quando eu desvio o olhar e percebo tua presença, eu não consigo saber se você olha parar mim.Não consigo saber se você está me achando bonita ou feia, se analisa que estou gorda ou mais magra.Você é tão tédio que nem desvendado você se deixa ser.
Só pra lembrar, será que isso é lembrete, eu nunca disse que era amor, eu nunca disse que era paixão.Não disse que era meu amigo, não te elevei a pai; eu apenas desejava.Te desejava como um complemento para as minhas necessidade, como uma peça parar terminar meu quebra-cabeça.E caçar amores não é um quebra-cabeça?
Na verdade eu não estou caçando, eu deveria ser a caça.Alguém deveria me procurar e me achar, me prender, me matar, me comer!Nós somos animais acima de tudo e talvez seja isso que nos machuca tanto: você se exibe como qualquer outro, como pavão querendo uma fêmea.E isso me dói.Me dói porque eu sou a fêmea que espia por fora como vontade de poder te escolher para ser meu.
Te ter para deitar no colo e fazer cafuné; te ter para dizer que as músicas que você ouve são horríveis; te ter para receber ligações as 4 da manhã quando você acorda para trabalhar.Eu quero te ter independentemente de qualquer condição , de qualquer momento, de qualquer jeito.Eu sei que amanhã você não está aqui, então, vem pra cá!

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