16.10.10

A minha tropa.




Se me perguntassem porque chorei, porque fiz drama, eu não saberia responder. Eu me vi saindo de uma felicidade por te ter e entrando num buraco sujo e andando sem ter horizonte.
Então você não me amou mais.
Não tinha dúvida que seria assim: você despediu-se de mim e durante uma viagem fria eu dormi e chorei nos  meus sonhos. Tudo isso por ter te amado demais.
Condenar-te e dizer o quanto ainda te amo não vai mudar a noite passada, vai? Eu tento escrever e não sai nessas linhas, mas eu tento, eu tentei suplicar o perdão de seu coração que ainda batia triste por me ver assim: chorando, derrotada, vazia, enclausurada e totalmente acabada.
A verdade, usando a psicologia barata que eu quero seguir, é que talvez eu esteja, involuntariamente, seguindo os passos de minha mãe; E se eu também for doente? E se eu tiver condenada a nunca realizar meus sonhos, a nunca ser feliz contigo? 
Talvez seja por isso que chorei ontem.
Nós somos muito reais. Pouca fantasia. E isso eu achei que era o melhor de estar com você, mas eu sou de Peixes, sabe? não consigo não me iludir, não consigo não chorar, não consigo não te amar para em fim mandar-te embora.
Só quero que me perdoe e que nunca precise sentir o que você sentiu ontem. Peço que nunca desconfie de mim, sempre sei quando devo te amar mais ou menos, mas nem sempre é isso que você vê.
Eu sei que "eu te amo " não basta, mas  agora nada vai ser tão concreto, nada mais vai ser tão meu: vou dividir contigo e dai a gente volta para a nossa ultima vida e resolve tudo que temos para resolver.
Te amo.

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