30.3.10

Mulher – Jorge Forbes




A mulher esta um pouco perdida ela não sabe o que fazer. Eu estou sentindo que elas estão perdidas, estão entre a cruz e a espada, ou eu me jogo no silicone, na plástica, ou eu sou normal e meu marido não me olha direito, ou eu me endivido na clinica dermatológica.
O curioso é que a pessoa “normal” é fotografada, é vendida como “anormal” e depois de tantos as pessoas copiarem a foto e não a verdadeira pessoa, é passado pra elas uma idéia que não foi a modelo que passou, foi o fotografo depois que arrumou a foto no photoshop, assim as outras mulheres tentam ser aquilo que não existe.
À atração da mulher não é dada pela estampa da aparência, toda sensualidade feminina vem do véu, do entre parecer, da alusão, do enigma. Hoje elas, mulheres, não sabem se comportar nesses aspectos porque nós destruímos a noção do que é feminilidade, decorrente da busca desesperada de clinicas estéticas.
Uma mulher siliconizada é igual a uma mulher siliconizada. Quando se mexe muito no corpo, ele começa a ficar muito parecido, muito padronizado entre si. À atração feminina não é dado por essa exibição, é dado pelo entre ver, pelo véu, pela sutileza, pelo deixar pensar, e essa é a arte da feminilidade.
A exposição, o “pavoneio” é uma coisa masculina, a exibição da força do poderoso e tal, o confronto, é uma coisa masculina, a feminilidade não passa por ai, e nós destruímos essa a feminilidade e nós estamos num momento da globalização e esse é o grande momento pras mulheres.


                                      Um música aqui para sentir o poder feminino