20.12.11

Porto Seguro, BA 19 de Agosto de 2010

                                               Jeremy,
As minhas palavras não são doces, nem tão aconchegantes quanto a tua voz rouca; eu não sei conversar, nem sei dizer a todo o momento as coisas que quer ouvir. Por que então você ainda quer a mim?
Para falar a verdade, eu não quero que isso seja mais uma carta de namorada que você guarda na sua lata, e nem quero que você repare nos meus erros ortográficos e na minha letra horrível... Hoje eu não quero que as minhas frases sejam chulas nem pornográficas. Hoje o que me interessa é o amor.
Se eu pudesse soltar frases ao vento só pra te dizer o que passa aqui dentro, eu diria muito “sinto tua falta”, “quero você”, “sonho com você”, “amo você”, “você, você, você”. Enjoar-te-ia eu dizer que minha vida fica muito vazia sem você, que eu não sei como te esquecer.
O que posso te falar sem me comprometer tanto é que quando você riu pra mim, pela primeira vez, aquela risada meio barulhenta – mesmo sabendo que não poderíamos fazer barulho- eu percebi a sorte que tive ao, finalmente, encontrar alguém pra ficar comigo a partir daquele momento em diante.


[nunca terminei essa carta]

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