A realidade socioeconômica do Brasil, tal como o crescente
desemprego e a má distribuição de renda, desencadeia problemas como a
criminalidade, que assola o país atingindo toda a população, dividindo-s em
opressores e oprimidos.
A prevenção contra a violência está em melhorar a educação
brasileira, investindo-se em infraestrutura escolar e formação de professores,
entretanto, pensando em resultados imediatos o Estado subsidia um policiamento
radical, uma violência para se combater a violência!
Pensa-se que a criminalidade está contida, pois há policiais
nas ruas, mas a realidade é diferente: o setor de segurança hoje no Brasil está
pouco supervisionado, tendo péssima preparação dos policiais, salários baixos e
desrespeito aos Direitos Humanos na hora da atuação repreensiva; sem contar o
alto índice de corrupção dentro dos batalhões.
Com o sistema de segurança falho, a população reage sendo
seus próprios protetores; enquanto o governo constrói mais presídios as pessoas
constroem suas barreiras: cercas elétricas, alarmes, contratação de seguranças,
câmeras e compra de armas para se proteger de um eventual inimigo. Não se sabe
de quem se protege!
A população fecha-se! A violência é contra a liberdade de
quem não infringiu a lei. Infelizmente, enquanto o policiamento foi ineficiente
e enquanto o sistema educacional falhar, a sociedade estará sujeito a ter que
transformar casas em verdadeiras prisões de segurança máxima, provocando,
assim, o medo, a desconfiança excessiva e a falta de interatividade entre as
pessoas, o que fará não conhecer o próprio vizinho, o que também é uma
violência.
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