O novo mundo nos engloba com toda velocidade possível, onde
somos feitos de números, cores, preços e tamanhos. Não existem mais “Marias” e
“Joãos”, somos apenas indivíduos que completam os bilhões de habitantes do
mundo.
As conseqüências capitalistas, tais como o ritmo acelerado,
o individualismo, o acúmulo de capital e a falta de tempo nos dão falta de
perspectiva sentimental, o que gera essa distância entre os indivíduos em ponto
de sermos comparados com números: enfileirados e em ordem!
Percebemos que o silêncio ocupa os poucos momentos vagos que
nos restam, preenchendo nossos intervalos numéricos, como mudos sentimentais,
mas alertas gritantes quando se tratam de reclamações, reindivicações e
insultos.
O numero representa para nós o anonimato, um desconhecido é
seu sucessor e outro seu antecessor, não há mais irmãos, pais, amigos ou
filhos. O tempo nos consome e parece não sermos capazes de decodificar a
sequência numérica do outro, gerando incompatibilidade e uma grande falta de
responsabilidade social.
Mesmo sendo meras representações das estatísticas, temos
nossos momentos de folga, temos nossas válvulas de escape que, infelizmente,
são trancadas a sete chaves, quer dizer, a sete dígitos.
Um comentário:
"Não existem mais “Marias” e “Joãos”, somos apenas indivíduos que completam os bilhões de habitantes do mundo." (Mariá Ortolan)
*voltei com o blog... aparece por lá se der..
bitoquinha e feliz final de semana.
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