26.7.12

Código Humano



O novo mundo nos engloba com toda velocidade possível, onde somos feitos de números, cores, preços e tamanhos. Não existem mais “Marias” e “Joãos”, somos apenas indivíduos que completam os bilhões de habitantes do mundo.
As conseqüências capitalistas, tais como o ritmo acelerado, o individualismo, o acúmulo de capital e a falta de tempo nos dão falta de perspectiva sentimental, o que gera essa distância entre os indivíduos em ponto de sermos comparados com números: enfileirados e em ordem!
Percebemos que o silêncio ocupa os poucos momentos vagos que nos restam, preenchendo nossos intervalos numéricos, como mudos sentimentais, mas alertas gritantes quando se tratam de reclamações, reindivicações e insultos.
O numero representa para nós o anonimato, um desconhecido é seu sucessor e outro seu antecessor, não há mais irmãos, pais, amigos ou filhos. O tempo nos consome e parece não sermos capazes de decodificar a sequência numérica do outro, gerando incompatibilidade e uma grande falta de responsabilidade social.
Mesmo sendo meras representações das estatísticas, temos nossos momentos de folga, temos nossas válvulas de escape que, infelizmente, são trancadas a sete chaves, quer dizer, a sete dígitos.

Um comentário:

Paulo Vitor Cruz, ele mesmo disse...

"Não existem mais “Marias” e “Joãos”, somos apenas indivíduos que completam os bilhões de habitantes do mundo." (Mariá Ortolan)

*voltei com o blog... aparece por lá se der..

bitoquinha e feliz final de semana.